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Last Friday Night - Cap 01 - Uma sexta qualquer?


Uma sexta qualquer?

Isabella PDV

Empurrei os óculos que insistiam escorregar dos meus olhos. Apertei meus livros sobre o peito, abaixando a cabeça enquanto passava pelo grande corredor da Harvard University. Há dois anos eu cursava o curso de medicina, me dedicava ao maximo para me formar com louvor, e realizar o meu sonho de ser médica.


Mas isso não era uma tarefa fácil, quando você tinha uma aparência como a minha. Apesar de ter uma família de nome, eu sempre fui uma pessoa simples. Talvez fosse esse o problema de todo com relação as minhas roupas. Minha mãe era dona de uma das mais famosas empresas da indústria de moda, meu pai ex-modelo também não ficava atrás quando o assunto era vestimenta. Mas eu, era como se fosse à ovelha negra da família Swan.

Encolhi-me mais ainda dentro de meu agasalho, alguns me olhavam rindo, debochando. Outros apenas com curiosidade. Eu os ignorava, como sempre. Quando mais nova, costumava me importar com os que outros diziam, eu me arrumava, fazia dos corredores de minha antiga escola uma passarela, mas isso um dia me cansou. Fiquei saturada em perceber que as pessoas só se aproximavam de mim por interesse. Por isso, hoje em dia sou assim, preferi que minhas amizades se baseassem em sentimento, não em estética.

Cheguei a minha sala. Meu professor sorriu, éramos os únicos ali.

E assim se passou mais um dia, um dia muito aproveitável por sinal. Estávamos estudando uma matéria nova do qual aprenderíamos atendimentos de extrema urgência, como atender pessoas com refluxo e aplicar os procedimentos necessários. E para meu desespero, a atividade era em dupla. Eu nunca fui uma pessoa sociável, pelo menos não depois que entrei nesta universidade, todos aqui pareciam centrados demais em humilhar e se achar superiores aos outros.

E para meu completo azar, depois que ninguém quis fazer dupla comigo o professor me colocou com o aluno novo, transferido recentemente. Eu não queria julgá-lo precipitadamente, mas ele me parecia metido e muito mulherengo. Já que a aula toda ficou dando encima das garotas da turma. Se em seu primeiro dia ele já estava assim, quem dirá o final do curso.

Edward Cullen era o nome dele.  Ele também não pareceu gostar muito da escolha do professor, mas não protestou. Eu não poderia negar, era a primeira vez que eu via um homem tão bonito quanto ele. Meu coração estava frenético ao senti-lo tão perto de mim.

Mas era ridículo, estava visível que ele estava fazendo de tudo para se manter o mais afastado de mim que o espaço permitia. Mas eu não conseguia parar de admira-lo,  sua pele, seu cabelo castanho - avermelhado cujo os fios insistiam em ir para todas as direções, deixando selvagem de um jeito alucinante. Ele sorriu amarelo pra mim, o que não foi uma boa idéia, minha atenção foi toda para seus lábios rosados, fiquei hipnotizada quando meus olhos encontraram com os seus, de um verde quase desconhecido para mim, eu não conseguia nem piscar...

- Senhorita Isabella? – ouvi a voz do professor ao longe, mas ainda não tinha conseguindo sair do transe em que Edward Cullen havia me deixado. – Poderia responder a pergunta, por favor?

 - Qual pergunta? – perguntei, ainda sem tirar os olhos de Edward.
Pode ouvir risadas do resto da turma e isso me fez acordar, o próprio Edward estava rindo de mim. Senti minhas bochechas corarem e me virei totalmente envergonhada para o professor.

- Poderia repetir a pergunta professor? – Abaixei a cabeça, evitando os olhares sarcásticos de todas as gfame’s.

Apesar de estamos em uma universidade, coisas bobas de ensino médio como “grupinhos populares” reinavam aqui mais do que tudo.

As Gfame’s era um deles, um grupo de garotas super populares que não faziam nada além de humilhar garotas pouco favorecidas, se jogar encima dos atletas e fingir que o mundo girava ao redor dos seus umbigos. Elas eram três: Lauren, Jessica e por ultimo a líder do grupo: Tânia.

Eu tentava me manter invisível na maior parte do tempo, ficava na minha não gostava de brigar com ninguém, para mim não havia necessidade. E assim funcionava bem, ninguém me prejudicava diretamente, eu estava ali para me formar e era isso o que faria.

Passado o “incidente” Cullen. Tudo havia sido como qualquer outro dia, Harvard estava eufórica com a chegada dos novos alunos, parecia que eram todos parentes ou conhecidos de alguma forma. Não me interessei muito em saber, estava cansada e tinha uma penca de trabalhos que deveriam ser entregues no mês que vem, e como eu não havia nada para fazer iria adiantá-los esta noite.

Estava distraída indo para o estacionamento a procura de meu carro, quanto sinto um baque forte em meu braço, meus livros caíram todos aos meus pés.

- Out, desculpe. – Uma voz doce chegou ate mim, enquanto mais ágeis tratavam de pegar meus livros. Olhei para o dono daquela voz e mais uma vez me surpreendi.

- Não tem problema, a culpa foi minha por ser tão distraída... – Falei pegando os livros que ele estendia para mim. Ele era alto, tinha uma pele bronzeada, cabelos pretos e o que mais me deixou sem ar, tinham um sorriso lindo, que parecia iluminar o que estivesse a sua volta. Ele me pareceu sincero em sua desculpa, sorri gentil com um aceno continuou seu caminho ate uma moto, que estava bem ao lado de um volvo prateado reluzente.

Como eu nunca havia reparado naqueles carros?

Ele acenou para mim antes de sair com sua moto, continuei parada no mesmo lugar. Pelo visto a escola levaria uma injeção de animo nestes dias...

Cheguei em casa, não deixando de reparar na movimentação da casa ao lado da minha, parecia que nossos novos vizinhos haviam chegado, e pelo visto já estavam planejando uma festa de boas vindas. Um carro contrato despejava garrafas do que percebi serem bebidas. Dei de ombros indo para meu quarto.

Fiz uma careta ao ver meus pais se agarrando no sofá de nossa imensa sala.

- Poderiam ir para um quarto, por favor? – Eles me olharam divertidos, minha mãe estavam com os lábios inchados.

- Minha querida, Bella.  – Meu pai me abraçou de lado.  – Sua mãe e eu vamos sair para um jantar a dois e só voltaremos amanhã.

Levantei uma sobrancelha, meus pais eram de longe muito fora dos padrões normais. Minha mãe era como uma adolescente maluca de meia idade, tenho certeza que ela seria a primeira a incentivar que eu trouxesse um garoto bonito para casa todo dia. Meu pai não ficava atrás, adorava festas e a paixão dele por minha mãe parecia ser menos privada a cada segundo!

- Tenha cuidado minha filha, e se quiser vá à festa que nossos vizinhos estão dando! Vai ser demais!  - Minha mãe disse vindo me abraçar também.

- Ah tudo bem, mãe. Divirtam-se. – Cortei o assunto antes que eu acabasse me envolvendo mais do que gostaria.

Subi para meu quarto, tomando um longo banho relaxante, coloquei meu moleton verde vestindo apenas um macacão curto Jeans que gostava de usar em casa, amarrei meu cabelo em um coque mal feito antes de me ocupar de meus deveres. Pela janela, eu já podia ver ao longe os refletores vindos da casa ao lado. Pelo visto a festa seria uma grande produção.

Neguei com a cabeça só esperava que a música não fosse tão alto, eu precisava me concentrar.

Mas como um carma, o som foi ligado ao maximo. Olhei espantada para o copo de água que ficava a cabeceira de minha cama, ele tremia com as batidas altas da musica eletrônica.

Bufei estressada, uma festa em pleno sábado, era o que me faltava...

Tentei me concentrar, mas estava cada vez mais impossível. Minha cabeça já latejava, sentindo a batida da musica pulsar a cada batida da musica insuportável. Que droga! Além de bardeneiros, esses novos vizinhos pareciam não ter bom senso e nem respeito pelos os demais da vizinhança.

Joguei meu livro para o lado. Não dava para continuar desse jeito. E eu não posso sair prejudica por causa da falta de consideração destes vizinhos! Sai de casa do jeito que estava e fui em direção a casa de nossos novos vizinhos, a raiva certamente evidente em minha face.

Várias pessoas já se encontravam em frente à casa, todo elas da universidade como pude notar. Parecia que Harvard inteira estava indo para lá. Mas isso não me impediu, de passos firmes cheguei ate a porta, empurrando um casal que se agarrava no meio da passagem, olhei para o lado e eles pareceram nem ligar, pois continuavam a se agarrar. Toquei a campainha, esperando que o anfitrião da festa viesse me atender. Dali de fora eu já podia ouvir a gritaria e imanei a suposta orgia que poderia estar rolando ali dentro.

Depois de alguns minutos uma baixinha apareceu em minha frente, ela me lembrava muito uma fada. Não pode deixar de olhar por cima de seus ombros, havia muita gente dentro da casa alguns garotos subiam encima da mesa no centro da sala, juntando a garotas que pareciam estar prestes a tirar a roupa, fitas coloridas voavam de um lado para o outro, jogos de luzes eram os únicos que iluminavam a casa. Encarei a cena perplexa.

- Você deve ser a Bella!  - A baixinha falou, mais eu ainda encarava a cena em choque.  Ela riu, e acordei de meu transe quando senti sua mão macia puxando a minha.

- Vem, a festa esta bombando! – Ela falou alto por causa da musica. Tentei me soltar, mas já era tarde, só senti a porta fechando atrás de minhas costas, fui levada para o meio do pandemônio. Assustada, esperei poder sair viva daquele local...


No dia seguinte...


Resmunguei sentindo minha cabeça doer. Pude sentir que estava em minha cama, meu colchão macio era inconfundível. Meu corpo estava cansado, minha cabeça latejava como nunca, estava sem forças ate para abrir meus olhos.

Parecia que um rolo compressor havia passado por cima de mim, afundei mais meu rosto no travesseiro, esperando que a assim a dor se apaziguasse um pouquinho. E o pior é que eu nem sabia o que tinha feito para estar me sentindo assim.

Mas senti meu corpo se retesar quando vi que tinha mais algum ali comigo, um braço forte e macio passou por minhas costas e me puxou levemente, apertando-me a seu corpo. Minha respiração ficou suspensa, olhei lentamente para baixo observando o braço que me prendia, mas este não fui um doas maiores problemas, também vi que estava completamente nua!

Ai meu senhor! Quem estava ali comigo?! Engoli em seco quase chorando quando senti o corpo se aconchegando mais ao meu, por estar de costas, o corpo do estranho se moldava ao meu, e o ar me escapou por que eu senti seu corpo muito mais do queria, notando assim que o individuo também estava nu.

Eu não estava respirando direito, minha pulsação estava acelerada e eu com medo de ter sida atacada por um tarado, fui saindo lentamente de seu aperto. A cada momento a vergonha me dominava mais, quando vi que estava livre, puxei o lençol para me cobrir, preparando-me  para fugir a qualquer momento. Virei-me lentamente, um grito preso em minha garganta pronto para sair a qualquer momento.

Meus olhos percorreram o quarto, onde várias roupas estavam jogadas, pelo chão em cima da cômoda... meu abajur estava no chão quebrado, junto com vários de meus pertences espatifados no chão. Senhor o que havia acontecido ali?!


Meu desespero aumentando a cada segundo virei-me de uma vez para ver quem estava ao meu lado na cama, e senti meu coração perder uma batida ao perceber que quem estava ali, era ninguém menos ninguém mais do que Edward Cullen!

Como eu havia levado o lençol junto comigo ao levantar, o corpo de Edward estava descoberto, o sol já entrava forte pela janela reluzindo ainda mais seu corpo nu em minha direção.


Engoli em seco, flash’s da noite passado passando rapidamente por minha cabeça.


Festa. Vizinhos. Roupas. Bebidas. Dança. Beijos. Roupas Voando. Gemidos...

 - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!  - Gritei apavorada. Fazendo Edward virar-se e cair da cama.


AI MEU DEUS? O QUE EU FIZ ONTEM A NOITE?!


- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Outro grito escapou por entre meus lábios! Eu estava perdida!!!!



Continua...

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