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Isaacbella - Cap 18 - Sentimentos Confusos


Cap 18 - Sentimentos Confusos

Bella PDV

Estava sendo uma correria só. Aluno correndo pra li, professor indo atrás pra cá. Estávamos todos na recepção do hotel, enquanto aguardávamos a liberação de nossos quartos. E eu estava ali, totalmente entediada. Quando eu disse que essa viagem não iria me servir de nada, mais uma vez, estava certa. Porque ninguém nunca me ouve?!


Coloquei as mãos em baixo dos braços, tédio era pouco para o que estava sentindo agora. Alice não parava no lugar um segundo olhava atenta a cada detalhe do hotel. Revirei os olhos, essa menina só podia ser ligada no 220 kW.

Olhei para a sala da recepção onde grandes sofás de cores claras se estendiam para os hospedes, meus olhos vagaram sem nenhum interesse ate que parei em um casal, a garota estava sentada no colo do garoto. Engoli em seco, ela passava as mãos pelos cabelos dele de forma lenta e asquerosa. Droga Isabella! Para de olhar! Você não tem nada a ver com isso! Olhei para o outro lado, mas não durou nem três segundos, logo eu os encarava novamente. Mas porque ele estava com aquela vadia?! Já não bastava a Jessica?! Ainda aparecia aquele urubu aguado para se jogar encima da carne alheia...

AH DEIXA DE BESTEIRA! Eu gritava com meus pensamentos incoerentes. O que você esta pensando afinal?!  O Cullen não é nada para você, NADA! Entendeu bem?!

Bufei. Ótimo agora eu estava brigando comigo mesma, não me falava mais nada para enlouquecer!

Lembra? Você é o Isaac! Pelo menos costumava ser... QUE? NÃO! VOCÊ AINDA É! OU NÃO... É SIM! NÃO NÃO SOU!

Meu cérebro estava a ponto de explodir, passe as mãos pelos cabelos desesperadamente. A esses horas eu já deveria estar toda descabelada, mas quem se importava, eu lhe digo quem: Alice.

 - Bella! Para de fazer isso no cabelo! Você já ta parecendo um leão com essa juba!  - Bufei mais alto para ver se ela se tocava que eu não estava fim agora.

- Alice agora não!

- Nossa, que bicho te mordeu? – Perguntou entrando em meu campo de visão. Bufei mais uma vez e ela olhou para onde segundos atrás meus olhos se direcionavam. – Hum... Já entendi.

- Entendeu o que?

- Que você esta se mordendo de ciúmes do Edward! – Falou, me parecendo... Feliz?!

- Para de viajar, Alice. Não tem mais o que inventar não? – Me virei em direção ao professor que já chamava os alunos para irem para seus quartos.

Agradeci ao senhor por não ter que ficar mais ali vendo cenas desagradáveis e ouvindo a imaginação de Alice falar alto. Subi rapidamente para o quarto ao qual ele havia me designado. A única coisa que eu queria era tomar um banho o mais gelado possível para vê se acordava logo desse pesadelo.

O mais estranho de tudo era sentir como se alguma coisa estivesse querendo fechar minha garganta, uma dor leve no peito me incomodava demais. E a cena la de baixo não saiu de minha visão. Mas que droga estava acontecendo comigo?!  Nem esperei Alice para ver em que quarto ficaria, pelo menos eu teria um quarto só pra mim, era o mínimo que podia fazer depois da fortuna que Carlisle pagava para aquela escola.

Joguei minha única mala no chão. Alice queria me forçar a trazer pelo menos quatro!  Como se eu tivesse tantas roupas assim, pelo menos não roupas para minha situação de agora... De mulher...

Passei as mãos pelos cabelos mais uma vez e fui tirando minha roupa, jogando-a de qualquer jeito pelo quarto espaçoso do hotel. Pelo menos assim eu me sentia um pouco mais aliviada. Empurrei a porta do banheiro dando um sorriso de satisfação, agora sim eu poderia relaxar um pouco. Coloquei a banheira para encher, enquanto também ligava o chuveiro na água gelada. Enquanto ela enchia, eu desamarrava os nós de minhas costas com a água forte e fria que caia sobre ela. Era tão bom estar assim...





Eu precisava pensar, pensar em tudo o que estava acontecendo, pensar em tudo o que eu estava sentindo. E em que eu iria fazer...

Desliguei o chuveiro e entrei na banheira, não havia colocado sais nem nada dessas frescuras. Apenas a água morna me faria bem. Deitei-me encostando minha cabeça na borda da mesma, e fechando os olhos.

Permitindo, finalmente, que meus pensamentos se organizassem. E eu pensei, pensei em tudo o que havia me acontecido desde que Tânia havia contratado aquela bruxa catatônica para me transformar em mulher.

Lembrei de quando Alice e eu fomos atrás dela; quando Tânia fugiu deixando-me apenas um recado em uma secretaria; quando encontramos a bruxa, e a mesma bateu as botas sem antes conseguir me transformar de volta; da reviravolta que foi a chegada dos Cullens; a volta para a escola; as armações de Jessica; o time de rockey; meu encontro com Edward no vestiário; documentos falsos para minha nova “vida”; vinganças; ficar naqueles dias...

Senti imediatamente a careta se formando em minha cara, não gostava de me lembrar daqueles dias de dor sem fim, e só de pensar que isso aconteceria todo mês...

Balancei a cabeça repudiando os pensamentos rapidamente.

O modo como Edward cuidou de mim naquele dia, foi o que ficou em minha mente. O modo como eu ele aliviava quase instantaneamente o meu desespero, o jeito que ele tentava me distrair, para que eu não pensasse na dor... A força com que eu me agarrava em seu peito, chorando copiosamente... Seus dedos macios enquanto acariciavam meus cabelos...

A viagem, a sensação estranha que senti quando vi que Jessica se jogava encima dele. O avião... O beijo...

Eu ainda não entendi como aquilo aconteceu, quer dizer... Me pareceu tão certo na hora. E a sensação de seus lábios nos meus era indescritível. Toquei meus lábios apenas para sentir se havia alguma coisa li, porque eu ainda podia sentir o leve formigamento. Fechei meus olhos com força.

Droga! Que diabos eu estava sentindo?!

E agora, aquela cena la embaixo, por que eu me sentia tão ruim quando o vi com aquela garota? O Cullen não era nada para mim, mal amigos não éramos ainda. Conhecíamos a o que? Uma semana? Ou mais, eu já nem me lembrava, estava tudo tão confuso, que eu já não sabia que sentimento era certo e qual não era.

Tudo indicava apenas uma coisa. Esta era praticamente impossível. Mas eu não poderia mentir para mim mesma, todos os fatos levavam a ela. Mas como aquilo poderia acontecer? Quer dizer, esta certo, eu estou no corpo de uma mulher, sentia “coisas” de mulheres mais por dentro eu continuava a ser o Isaac, não continuava?

Ainda era eu aqui dentro, não era?

Mordi meus lábios com força, eu estava perdida. Será que, com essa transformação alguma coisa dentro de mim havia mudado também? Senti uma lagrima rolar pelo meu rosto, não, eu não queria que nada tivesse mudado, nem dentro e muito menos por fora. Mas não era uma coisa que eu pudesse controlar, então o que eu poderia fazer?

Estava tão distraída, que não vi quando alguém empurrou e abriu a porta do banheiro.

- Achei você... – A voz de Alice chegou aos meus ouvidos, eu estava tão perdida que não liguei por entrar assim, apenas a encarei esperando que ela respondesse minhas perguntas silenciosas.

- Bella – Seu sorriso foi murchando aos poucos ao perceber que eu chorava. – O que aconteceu, maninha?

- Alice... O que esta acontecendo comigo?  - Perguntei finalmente. A lagrimas já rolavam livres por meus rosto. Eu não chorava assim, algum hormônio feminino deveria estar se apossando de meu corpo agora.

- O que? Como assim? Você esta sentido alguma coisa? Esta doendo aonde? – Ela perguntou se agachando preocupada ao lado da banheira.

Assenti, fazendo um bico enorme para ela.

- Onde dói? – Perguntou me examinando. Uma pequena ruga se formava entre suas sobrancelhas.

- Aqui. – Apontou para meu coração. – Esta doendo, Alice. Eu não sei o que é, não sei o que estou sentindo!

Vi que ela soltou o ar que segurava, e olhou-me carinhosamente. Ela sorriu, enquanto se sentava no chão e colocava seu braço na borda da banheira, deitei minha cabeça nele, permitindo que ela passava a mão por meus cabelos enquanto as lagrimas continuavam a rolar soltas.
- Ownn, meu amor... Você esta sofrendo por ele, não é? – Na hora eu não soube a quem ela se referia. Mas depois me toquei. Apesar de não saber o exatamente o porque, eu não poderia mentira para ela. Alice era minha irmã, não me julgaria.

- Sim... Me diz, Alice. Por que? Por que eu estou sentindo essas coisas estranhas? Esse aperto aqui dentro toda a vez que o vejo com alguém, porque eu gosto do que não deveria gostar? Por que?

Sentia um soluço saindo sem permissão.

- Xiii... Calma, Bella. Eu imagino pelo o que você deve estar passando. E também sei o porquê de você estar sentido tudo isso...

- Então, me fala Alice, por que eu já não agüento mais! – Sussurrei.

- Primeiro, você não senti isso quando o vê com alguém, você sente isso quando vê com outra garota. Eu sei o que esta acontecendo, só não sei se você vai querer ouvir a palavra agora...

Ela deveria estar pensando a mesma coisa do que eu. Assenti, sabendo que ela estava certa quando disse que eu ainda não estava preparada para ouvir isso de outra pessoa. Ao poucos fui me acalmando,  os soluços pararam, apenas algumas lágrimas teimavam em sair de meus olhos.

- Mas... – Ela continuou...  – Não querer admitir não vai mudar o que você esta sentindo, será uma questão de tempo.

Engoli em seco. Eu esperava mesmo que esse dia não chegasse.

- Porque isso esta acontecendo, afinal? Eu não deveria ter mudado só por fora? Eu vou ter meu corpo de volta, não vou? Então porque estou sentindo tudo “isso”?!

- Nós não sabemos se você vai voltar, Isaac. – Levantei minha cabeça de seu ombro quando percebi que ela havia me chamado de Isaac. Levantei uma sobrancelha sugestivamente.

Ela soltou uma risada fraca. Voltando a passar as mãos por meus cabelos.

- Sabe, que às vezes eu me sinto falando com duas pessoas diferentes? – falou, olhando em meus olhos carinhosamente. Eu já imaginava o porque, antes eu era um homem e agora...

- Mas não é pela troca de corpos, Isaac. – Voltei a encará-la, então era por que?

- É que, eu sou irmã, temos o mesmo sangue e mesmo que você nunca tenha percebido temos uma ligação mais forte do que você pode imaginar. Eu sinto quando você esta triste, sinto quando esta alegre e sinto quando esta confusa. E antes de toda essa loucura eu conhecia você como a palma da minha mão, maninho. Eu sabia o que você fazia com as garotas que “pegava”, sei seus sentimentos em relação a nossa mãe, sei que você não gostava tanto da minha companhia quanto eu gostava da sua, apesar de você me encher o saco, você ainda era o meu irmão mais velho.

Eu piscava lentamente, tentando absorver todas as palavras dela, que continuou sem esperar que eu dissesse alguma coisa.

 - Sabe, eu percebi que você mudou depois que a mamãe morreu. Você sempre foi tão feliz, tão amigo, carinhoso... – Ela sorriu parecendo se lembrar da nossa época de crianças. A morte da nossa mãe sempre foi um assunto doloroso para mim, era por isso que eu nunca tocava no assunto. Fazia abrir um pequeno buraco que eu senti se abrir em meu peito desde que ela se foi. – Mas esse seu lado pareceu ir junto com ela, logo depois você não foi mais o mesmo. Continuou bem na escola, mas já não tinha amigos como antes, eu percebi a diferença e o papai também.

- Alice... –Tentei continuar, mas ela não deixou.

 - Deixe eu terminar...  – Assenti.

 - Bom, ai quando nos tornamos adolescentes você se tornou o “pegador” saiu com mais de uma deferente todos os dias. Não parava em casa, Carlisle não quis que você morasse sozinho porque sabia o que estava se passando com você e ficou com medo que sozinho as coisas piorassem.

Eu não podia acreditar no que ela me falava. Não fazia a mínima idéia de que ela sabia que eu ainda sofria por nossa mãe. Carlisle também sabia? Mas como?

- Então eu fui morar com você. E percebi o que você fazia. Você não queria se apegar a nenhuma delas, por isso não saia com uma por mais de uma vez, ai eu entendi. Você estava com medo de ser abandonado de novo, Isaac.

Levantei as sobrancelhas, meus olhos quase arregalados. A imagem da mulher de longos cabelos castanhos e olhos chocolates veios em minha mente. Seu sorriso encantador, o modo como me abraçava quando eu chegava da escola, como ela cuidava de cara ferimento meu quando eu caia da bicicleta eu de algum brinquedo no parquinho.

Senti mais lágrimas rolarem por meu rosto. Carlisle tinha se esforçado, eu sabia, para continuar a criar a mim e a Alice. Mas nunca foi a mesma coisa. E só não queria sentir aquela dor novamente nunca mais em minha vida.  

Tudo que Alice falava era verdade. Abaixei a cabeça diante a veracidade de suas palavras. Tudo, foi assim desde o dia eu que ela nos deixou.

- Ai veio a Tânia, e como as outras, você a usou e ela acabou se vingando da pior maneira possível. Fazendo você sentir a dor que ela sentiu. Você pode não aceitar, Isaac. Mas, eu sinto que a males que vem para o bem. E foi isso o que aconteceu com você.

Continuei calda.  Apenas pensando, lembrando-me de Tânia. E de tudo que ela havia deixado para mim.

- É por isso que eu falo que sinto como se tivesse duas pessoas ai dentro de você. Ainda há o Isaac, o orgulhoso e que não aceita estar apegado a alguém. Mas também a Bella, confusa, sentimental, carinhosa, carente, e... Apaixonada.

Levantei meu rosto para encarar o seu. Ela sustentou meu olhar.

- Sim, entretanto, eu sinto que essas duas pessoas são a mistura perfeita do que você foi e do que você será de agora em diante. Não sei se você vai voltar, mas se ficar assim, vai ser como eu já havia te falado, vou continuar estar ao seu lado. Porque mais do que meu irmão, agora você é minha irmã também.

Acabei rindo em meio a lagrimas, com sua frase confusa. Passei um dedo por debaixo de meus olhos limpando uma lagrima.

- Assim eu me sinto um falso travesti, Alice. – Disse divertida.
Ela gargalhou. Levantando-se e sentando-se a beira da banheira.

- Mas, eu tenho que confessar que gosto mais da Bella, do que do Isaac.  – Fingi estar com raiva, mas não consegui enganá-la, ela apenas sorriu sapeca. – Você esta se descobrindo, Bella. Esta começando a sentir o que todos os sortudos sentem. Você esta iniciando sua trila... caminhando para o seu coração.

Respirei fundo, soltando o ar levemente.

- Não se prenda a tudo o que você foi, ou a tudo o que imaginou ser. Tudo isso ficou no passado, se permita sentir coisas novas, que apesar de serem estranhas no momento, serão muito boas para você.

- Eu sei que você esta gostando do Edward. – Abri a boca para desmentir, mas acabei fechando-a antes de dizer alguma coisa. Eu estava mesmo gostando dele? Porque isso devria me parecer gay, e o pior é que não parecia!

 - Com o tempo você vai começar a perceber isso, é só ligar os fatos. Você já esta sentindo ciúmes e quer estar com ele. Por isso, Bella. Aprenda, encontre o equilíbrio para o que você era e para o que você é agora. Não perca isso, poucas pessoas tem a chance de se apaixonar verdadeiramente.

- Mas Alice, mesmo que você tenha um tiquinho de razão em tudo isso, como poderia estar apaixonada por ele? A gente mal se conhece! – falei exasperada.

- E quem disse que o amor é algo para se entender? Bella, você esta começando, vai ver que isso é uma coisa inexplicável, inigualável, divino. E que não há nada melhor do que esta amando alguém.

 - Você já amou alguém? – Perguntei, curiosa. Ri quando a vi corar violentamente.

- Bom, o assunto agora é você, não mude de assunto. – Deixei passar eu bem imaginava de quem ela estava gostando.

 - Okay, - Sorri, levantando-me da banheira. Vi que minhas mãos já começavam a se engilhar. – Obrigada, Alice. Saiba que apesar de tudo o que aconteceu desde que nossa mãe morreu, eu não me afastei porque não gostava de você, pelo contrario, você sempre foi minha baixinha serelepe. Desculpe se te fiz pensar que não gostava de você.

 - Tudo bem. Eu imaginei que fosse isso mesmo, quem em sã consciência não gostaria de mim?! – Ela falou, convencida. Ri, eu amava mesmo essa baixinha.

Sai da banheira e vi que não havia trago toalha. Olhei para o lado e encarei o grande espelho do banheiro mostrando meu corpo nu e molhado. Meus olhos pararam repentinamente em minha tatuagem intacta, a toquei carinhosamente. Parecia que aquilo era a única coisa que havia sobrado do Isaac. Fiz um muxoxo com minha constatação. Como Alice falou, não dava para negar os fatos.

 - Fala serio, minha irmã é muito gata! – ouvi a voz de Alice atrás de mim, e senti seu braço abraçando meu ombro.

- Hum... Alice, se tudo isso for mesmo verdade, eu não vou mais gostar desta fruta, além do que seria incesto, eca! – Falei divertida.

 - Ai Bella! Deixa de ser maldosa. Credo! Deus que me livre – Ela falou tirando rapidamente a mão de meu ombro. – Eu gosto é de homem! E como você costumava falar... Homem com P Maiúsculo! Kkk Se é que me entendi. E seu que você também gosta...

Fiz uma careta entendo o que ela queria dizer. Senti um tremor passar pelo meu corpo. Nossa, isso ficava cada vez mais estranho!

Alice riu mais alto, saindo do quarto e me jogando uma tolha logo em seguida.

- O que acha de sairmos mais tarde? – Falou alto de meu quarto. Passei a tolha pelos cabelos indo ate minha cama. Remexi em minha mala onde havia algumas blusas velhas e largas de meu antigo corpo. Vesti colocando por baixo apenas uma calcinha, e me jogando na imensa cama do quarto.

Olhei para a janela que dava para a gigantesca Cancún. O céu já não estava radiante, as nuvens negras já se apossavam de toda a sua extensão. Alguns trovões se lançavam ao longe, ela queria sair por debaixo daquele temporal que iria cair?

- Ai Alice. Eu vou ficar embaixo desse edredom ate amanhã. Você vai mesmo querer sair por debaixo desse temporal? – Perguntei me encolhendo embaixo das cobertas, incrível como me sentia mais leve, como se um caminhão estivesse amarrado em minha cintura por uma corda, e agora ela tivesse sido cortada.

- Essa chuvinha ai que vai cair? Não é nada, Bella! – Fez pouco caso.  – Mas se eu fosse você eu iria...

Virei-me levemente para ela.

- Por que? – Levantei uma sobrancelha sonolenta.

- Por que o Edward também vai... – Limpei a garganta virando-me para o outro lado. Que se dane, ele faria o que quisesse, eu ainda não estava preparada para isso.  

- E o que tem? – Perguntei.

- O que tem que você tem que ir!  - Ouvi o barulho da porta sendo aberta. – Aquela loira aguada também vai!

Levantei abruptamente, sentando-me na cama e olhando para ela.

- Bom... Eu acho que não vou precisar ficar aqui a noite toda também... Tenho que conhecer a cidade, não é mesmo... – Falei nervosa. Alice apenas riu.

- Durma agora, mas tarde eu volto para gente se arrumar...  – Jogou um beijo para mim antes de fechar a porta.


Joguei-me na cama. Isso iria mesmo dar certo?! Eu já estava ate o pescoço atolada na merda, tapar o nariz talvez não adiantasse de nada a essa altura do campeonato.


 Continua.


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