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Isaacbella - Cap 12 - Provocações

Cap 12 - Provocações

Bella PDV

“Perdeu a fala?” – Seu nariz roçava o meu, e eu estava desconfortável com o embrulho que sentia na boca do estomago. Mas que diabo era aquilo? “Juro que não lhe farei nenhum mal...”.


O Cullen estava brincando com coisas muito perigosas, e uma delas era eu, ele deveria saber que isso não ia ser bom para ele. Mas o que havia comigo? Eu tinha que afastá-lo, dar-lhe uma lição para que nunca mais se aproximasse de mim desse jeito. Mas como eu poderia fazer isso se nem ao menos falar eu conseguia?

Seus olhos verdes encaravam-me praticamente desvendando o que eu pensava. Isso estava distraindo-me, eu não conseguia fazer com que meus músculos fizessem o que meu cérebro mandava.

Minha boca continuava aberta, de puro pânico, apesar de querer sair dali, sabia que o Cullen não deixaria antes de eu dar uma explicação. Encarei seus lábios tão próximos aos meus, talvez se eu...

Não, isto está completamente vetado! Você tem que parar de pensar em besteiras, Isaac Swan!

“Vai Isabella, confessa que você veio aqui apenas para me ver” – Ele retirou as mãos de meus ombros, trazendo-as para meu rosto, segurou com delicadeza e força ao mesmo tempo. Senti meu coração querendo fugir do peito, certamente com medo do que o Cullen estava pretendendo fazer...

“Claro que não, Cullen...” - Puxei o ar com força, acho que depois de muitos anos, minha asma estava voltando, eu não conseguia respirar normalmente, e Edward percebeu isso, mas como sempre, interpretou de maneira errada.

“Esta vendo? Você não resiste a mim, Swan...” - Edward apertou-me mais entre seu corpo e o armário, trazendo meu rosto para perto do seu. – “Aposto que posso imaginar o que você quer que eu faça agora...” – O Cullen desgraçado encostou a boca na minha, apenas roçou, e eu condenei os céus por ter o deixado perceber o tremor que se passou por minha espinha.


Mas o que diabos esta acontecendo com meu corpo? Além de não ser meu, ele também não quer me obedecer mais?!

“Esta vendo? Você nem consegue disfarçar” – E seja lá o que eu estivesse tentando disfarçar, não estava conseguindo, o Cullen passeava com seus lábios pelos meus, e era como dois imãs, eu queria me afastar, pelo menos afastar meu tosto, já que o corpo não podia, mas meus lábios estavam querendo ir em direção aos dele.

Ah Droga! O que esta acontecendo com esse amaldiçoado corpo?!

Mas graças a Deus eu fui salvo pelo congo! Ou melhor, pelo time. O Cullen se separou de mim no mesmo momento em que ouviu as risadas e as vozes dos outros caras, vindo para o vestuário.

Pronto, é incrível! Eu acabo de me livrar de uma encrenca e já entro de cabeça em outra!

Olhei para o Cullen, alarmada. E agora? Aonde eu me escondo?

Edward estava tão atônico quanto eu, olhava de um lado para o outro, perdido. Ah mas ele vai ter que dar um jeito! Se não fosse por ele querer dar uma de engraçadinho, eu já estaria longe daqui a muito tempo! Agora se vira Cullen!

Tentando despertá-lo daquele desespero, bati em seu braço, ele me olhou, levantando os ombros, não tinha nenhuma idéia.

Mexi meus lábios, dizendo para que ele desse um jeito! Ele levantou a mão, pedindo para ter calma. Calma eu vou ter quando estiver a milhões de quilômetros daqui, ó meu irmão!
Edward encarou alguma coisa atrás de mim, apontou para o chuveiro de onde ele havia saído alguns minutos atrás. As vozes estavam cada vez mais próximas, balancei a cabeça negativamente, não querendo ir para lá. Mas Edward me empurrou!

Isso ia ter volta, camarada!

Abriu a porta do banheiro rapidamente, empurrando-me e entrando logo atrás. O Cullen encarou-me e eu fiz o mesmo. Ouvimos quando a porta do vestiário foi aberta.

“Iai, Edward? Cê ta aí, cara?” – Reconheci a voz, era da anta do irmão do Cullen. Emmett.  As outras vozes conversavam animadamente, atrás dele.

Edward voltou seu olhar para mim, reparando que a porta do banheiro só escondia até os seus ombros, o que deixa nossas cabeças a amostra. Arregalei meus olhos! Putz! E agora?

Assim que tive um deslumbre dos outros garotos dobrando as fileiras de armários, Edward resolveu pensar, segurou rapidamente minha cabeça e a empurrou para baixo. Encostei-me na parede a sua frente, agachando-me a altura de sua cintura.

Edward olhou para mim, como se pedisse desculpas e ligou o chuveiro novamente, molhando-me todinha. Dei um soco em sua perna, chateado. Ele gemeu, mas não olhou para baixo.

“Edward?”

“Estou aqui, cara” – Pegou o sabonete, e esfregou por seu peito. Eu não estava em uma posição muito agradável, esta de frente para o seu... É... Aquilo... Vocês sabem... “Tomando banho.”

A sorte dele era que ele não havia retirado a toalha, e ai dele que se atrevesse a fazer isso.

“Ah sim, está aí.” – Ouvi, estavam todos lá. “Cara, que surra foi aquela que você levou lá no rink?” – Não era mais o Emmett que falava, era Mike. “Eu nunca vi uma garota acabar tão facilmente com um cara como vi hoje!”

Sorri vitoriosa. Pelos menos a boca deles eu havia calado. Edward continuava se ensaboando, sorrindo levemente para os amigos.

“Acreditaram mesmo que ela ganhou de mim, assim?” – meu sorriso se desfez. O que ele estava falando? “Ah cara, vocês são muito ingênuos, é claro que eu deixei que ela ganhasse.” – Ele olhou para baixo, diretamente em meus olhos, que o fuzilavam no momento.

“É? Pois não parecia que você estava fazendo isso não... Edward” – Afirmei com a cabeça. Aquele Cullen desgraçado era um pilantra! Perde e depois vem dizendo que foi porque quis! “E temos que admitir que ela joga muito!”

“Não posso negar que ela joga bem, mas eu, como perfeito cavalheiro que sou, decidi não pegar pesado com ela, por isso deixei que ela ganhasse.” – Trinquei os dentes, meus cabelos molhados já estavam todos em minha cara. Mas mesmo assim, ainda abri a boca para chamar alguns belos palavrões para aquele idiota.

Ele viu a tempo de calar-me com a sua mão com força. Ah Filho de uma...! Deixa só eu sair daqui para ver o que vai acontecer com você! Mordi a sua mão. Ele fez uma careta de dor, balançando a mão freneticamente, coloquei o indicador nos lábios, sinalizando para que ele não falasse nada.

“Ai, mas vocês viram que belezura! Ó lá na minha casa heim...” – Peguei impulso para levantar, ia tirar certas satisfações com esses caras, mas Edward segurou minha cabeça, impedindo-me.

“Parem de falar besteira, e tirem o olho, aquela é propriedade de Edward Cullen!” – Ah meu Deus, eu só posso estar tendo um pesadelo, ou participando de algum tipo de pegadinha sem graça. Coloquei a mão no rosto, respirando fundo. O Cullen estava se aproveitando que eu estava ali para tirar uma com a minha paciência.

“Entendemos, caro Edward...” Risadas e mais risadas vinham do lado de fora. Rolei os olhos. Bando de imbecis!

Ouvi que as risadas estavam cada vez mais longes, eles estavam saindo, finalmente, meu senhor! O Cullen ficou olhando por cima da divisória do banheiro, certificando-se de que não havia mais ninguém ali, e que a barra estava limpa para mim.

Ele tirou a mão de minha cabeça. Permitindo que eu me levantasse, minhas costas já estavam reclamando da posição. Passei as mãos pelos cabelos, colocando-os para trás. Estiquei-me e encarei o Cullen.

Ele por sua vez apenas me lançou seu sorriso torto. Desligou o chuveiro, e passou as mãos por seus cabelos, ainda segurando a toalha com a outra mão.

Salvei a sua pele, Swan” – Falou, mordendo os lábios. Andou para mais perto de mim novamente. Não me intimidei, continuei parado no mesmo lugar, esperando que ele terminasse. “Merecia pelo menos um Obrigado, não é?!” – Sorriu malicioso.

Mas minha raiva já estava engolindo-me. Aquele Cullen vai ver o que agradecimento.

“Heim... Você não vai dizer?” Perguntou chegando mais perto.

“Ah claro que vou dizer.” – Coloquei minhas mãos em seus ombros. Preparei minha perna direita, e a dobrei com violência para frente, acertando o alvo.

Coitados dos filhos do Cullen. Se é que depois dessa, ele ainda fosse capas de gerar algum.

Edward, tadinho, perdeu o fôlego, ajoelhando-se ao chão do banheiro, gemendo de dor. Eu quase fiquei com pena. Quase. Pois já estive em um corpo de homem e sei o quanto aquilo pode doer. Mas não podia fazer nada, é trágico.

Ri alto em meus pensamentos. E sai do banheiro, deixando o Cullen me xingando e deliciando-se com sua dor.

Andei pra o estacionamento, nem ligando para as garotas que cochichavam sobre eu estar toda molhada, abri a porta de meu carro, e estava preparando-me para sair do colégio.

“Humm...” - Gemi quando senti uma pontada forte na barriga.  Acho que toda aquela comida da lanchonete estava me fazendo mal agora. Nota mental: nunca mais misturar pimenta com Milk-shake.

Meu rosto se contorcia de dor toda a vez que eu sentia uma nova pontada, alguma coisa estava se desintegrando dentro de mim.  Mas mesmo assim fui para casa. Tinha que tomar um banho e trocar aquelas roupas rapidamente, se não iria acabar pegando um resfriado.
Em minutos cheguei ao apartamento. Entrei rapidamente, e encontrei Alice jogada ao sofá, assistindo televisão.

“Já esta em casa, Alice?” – perguntei, jogando as chaves em cima da mesinha de centro.

“Não tive as últimas aulas” – respondeu, virando-se para mim. “Mas o que aconteceu com você? Porque esta toda molhada?” Balancei a cabeça levemente, sentido minha barriga revirar.

“Peguei um temporal lá fora” - Falei já indo para meu quarto. “Depois de conto, Alice. Preciso de um banho.”

“Tudo bem, vou fazer algo para comermos” – Fiz uma careta, mas não falei nada.

Entrei em meu quarto e fui direto para o banheiro, tirando a roupa molhada e entrando debaixo da água quente que eu tanto adorava. Lavei meus cabelos, e ensaboei meu corpo, tirei todo o cheiro ou qualquer vestígio daquele Cullen que pudesse ter ficado em mim, e tirei o sabão.

Passei as mãos por minhas pernas, e senti uma espessura diferente do sabão, trouxe para cima. Observando atentamente.

Desde quando o sabonete é vermelho? Inclinei minha cabeça, pensando. Mas não estava raciocinando direito, aquela dor chata em minha barriga não me deixava em paz.

Espera, o sabonete não é de morando não...

Olhei para baixo, vendo uma coisa que me fez arregalar os olhos. Puxei o ar lentamente.



“ALICE!” – Gritei, desesperado.


Continua...

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