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A Usurpadora - Cap 11 - Decisões - Parte 01

Cap 11 - Decisões  - Parte 01 

Bella PDV

Depois do almoço, fui para o jardim com Renesmee. Estava um dia lindo e queria que ela aproveitasse ao maximo.  Os Cullens tinham o jardim mais lindo que eu já tido o privilégio de admirar, flores de todas as cores se espalhavam pelo local, perfeitamente encaixadas em uma grama límpida e verde. Certamente Esme cuidava daquele jardim com muito zelo. Pelo menos deveria ter cuidado, porque pelo que a Anabella havia me contato, já fazia um tempo que a senhora Cullen já não era a mesma, consumida pelo vicio do álcool, ela já não se importava com o jardim, com sua casa, e já estava começando a não se importar com a família também, o que era extremamente triste.


Eu percebia o quanto aquilo abalava a todos, principalmente ao Edward, que não tinha nem o apoio da sua mulher para conseguir tirar a mar do vicio. Carlisle sofria o triplo ou mais, imaginei como seria ver a pessoa que ama passar por esta situação.

Renesmee corria, e ria feliz. Eu nunca havia visto uma menininha tão linda e alegre. Será que ela já entendia por tudo o que estavam passando as pessoas daquela casa? E Antony? Já teria alguma noção do que a avó estava sofrendo? Apesar de ser calmo ele me aprecia um garoto muito esperto. Talvez soubesse mas não gostasse de falar disso...

Pensando nele, minha preocupação aumentava, fazia uma hora que ele deveria ter chegado do colégio. Resolvi que hora de entrar e ver o que estava acontecendo com ele.

- Renesmee, amor, vamos entrar? – Perguntei me abaixando junto a ela no gramado. 

- Ah já, mamãe? Ta tão celedo ainda... – Fez um biquinho tão lindo que me deu vontade apertá-la em meus braços na hora. Sorri, estendendo meus braços para que ela viesse para meu colo. O que ela prontamente atendeu. Era tão bom enviar o rosto em seus cachos macios, era reconfortante me dava uma sensação de alivio enorme.

- Sim, lindinha. Temos que ver por que seu irmão ainda não chegou.  – Falei, enquanto já caminhava para entrar na mansão.

- Humm... Mamãe?

- Sim?

- Posso comeler sourverte depois?  - Ela pediu manhosa. Eu me divertia cada vez mais ao ver como ela pronunciava as palavras.  Era tão fofo.

- Claro, se você se comportar bem... – Entrei na sala e fui ate a cozinha, atrás de Ângela.

- Ebaaaaaaaaaaaaa – Ela se remexia feliz em meu colo.Entramos na cozinha e vi que Ângela ajudava a preparar alguma coisa ali.

- Ângela? – Chamei, ela se virou instantaneamente, largando a faca e me encarando assustada. Por que estaria assim? Sorri, para que ela se acalma-se, o que pareceu funcionar.

- Deseja alguma coisa, senhora?

- Sim, você sabe por que Antony ainda não chegou? – Ela olhou para o relógio de parede, fazendo uma cara confusa.

- Não sei senhora, ele já deveria ter aparecido há algum tempo. Fiquei séria. A imagem inocente e frágil dele me veio a cabeça. Aonde ele estaria?

- Nenhuma noticia do colégio?  - Perguntou já aflita.

- Nada. Nenhuma ligação.  – Ela disse, nervosa também.

- Ângela, me dê o telefone do colégio, vou ligar para lá agora mesmo. – Pedi seria.

- Desculpe senhora, mas não temos o telefone de lá. A senhora me disse daquelas vezquenãoeranecessarioeeuacabeinãopegando....

Ela falava tudo de uma vez, parecia estar bem nervosa também. Pensei no que fazer. Não poderia ligar para Edward agora, ele estava ocupado, e se fosse mais serio eu ligaria para ele depois. Eu teria que ir para lá.

- Isso é uma imprudência, Ângela. Mas não estou culpando você. Chame o Alberto diga para ela trazer o carro que eu vou ate lá.

- Sim, senhora. Mas a senhora vai dirigindo?  - Ela perguntou já alcançando o telefone para chamar, Alberto o motorista da família.

 - Vou, por que? – Perguntei já colocando Renesmee no chão. Esta que saiu correndo para a sala de TV.

- A senhora sempre teve medo de dirigir. Mas tudo bem, ele ja esta vindo.

Medo de dirigir? Como Anabella esqueceu de me contar sobre uma coisa como essa? Mas agora eu já havia dito mesmo, e Antony era prioridade no momento.

Quando sai para o jardim novamente, Alberto já estava lá, esperando coma porta aberta. Peguei a chave de suas mãos, parando antes para lhe perguntar onde ficava a escola. Ele me disse, eu não conhecia nada por aqui, mas o carro tinha GPS e não seria difícil eu chegar ate lá.

Eu sempre fui boa em dirigir, e ate gostava, mas lamentava não ter condições de comprar um carro, mas um dia com muito esforço e trabalho eu conseguiria, se essa fosse a vontade de Deus.

Cheguei à escola em questão de minutos, estacionando na vaga em frente, sai do carro e entrei sem esperar por alguém vir me receber. A escola parecia grande e muito bonita, apenas algumas crianças ainda circulavam por ali a espera de seus pais.

Avistei uma espécie de porteiro, aparentava pouco menos de trinta anos, me aproximei para ver se ele tinha alguma informação.

- Com licença senhor. – Ele me olhou parecendo surpresa.

- Sim?

- Gostaria de saber se meu filho ainda não saiu. – Falei imediatamente.

- Seu filho?  - Me olhou espantado, talvez pensando que eu parecia jovem demais para ser mãe - Qual o nome dele?

 - Antony, Antony Masen Cullen.

- Hum... Bom, senhora a maioria das crianças da sala dele já foram, mas eu não me lembro mesmo de ter o vistoele passando por aqui.

- Não o viu? E agora? Onde eu posso procurar pelo meu filho? – Falei, já fuçando furiosa. Antony ainda estaria na escola? Como essas pessoas irresponsáveis não sabiam onde ele estava?!

Ele me disse que eu poderia ir ate a diretoria, ou o pátio da escola ver se ele ainda não estaria por ali brincando.

- Obrigada. – falei já indo em direção que ele me apontava. Passei por sua sala e estava vazia, andei rapidamente o longo corredor vazio, indo para o pátio. Era grande como o resto da escola, passei os olhos rapidamente pelo espaço. E vi que um garoto estava sentando perto da caixa de areia, só podia ser ele.

O cabelo da cor dos de Edward não o confundia. Era ele, estava cabisbaixo, escrevendo alguma coisa na areia. Suspirei aliviada, um peso que já se instalava em meu peito foi aos poucos se esvaziando.

- Antony! Graças a Deus! – Falei o levantando e abraçando fortemente.

- Mamãe?  - Ele falou confuso.

- Por que você ainda esta aqui?! Me deixou muito preocupada sabia?  - beijei seu cabelos e logo depois seu rosto. Antony era um príncipe, meu príncipe e só de pensar que alguma coisa poderia ter acontecido com ele, já senti meus olhos marejados.

- É que... Hã... – Ele parecia atordoado. Relutava em me falar o que estava acontecendo, e eu ate podia sentir suas mãozinhas tremendo junto as minhas.

O puxei para meu colo, andando em direção a alguns bancos que existiam por ali, sentei o deixando em meu colo, ele parecia se alterar mais a cada momento o que já estava me deixando preocupada.

- Fale meu amor, o que houve? – Perguntei passando a mão por seus cabelos.

 - Promete que não vai brigar comigo? – Ele pediu fazendo menção de que iria chorar.

- Eu prometo, agora fale.

- É que, na hora da saída eu vi uns garotos brincando por aqui e perguntei se podia brincar com eles... – Ele dizia derramando lagrimas silenciosas.

 - Tudo bem, e você ficou brincando com eles e esqueceu a hora, foi isso?  -Perguntei, sentia meus olhos arderem por ver que ele estava triste.

 - Não... – Ele enterrou a cabeça em meu ombro, podia sentir suas lagrimas descendo por meu ombro, o que fez meu coração voltar a apertar.

- Então o que foi, amor?

 - Eles não me deixaram brincar – Soluçou – disseram que eu era um fracote e que nunca brincariam comigo, começaram a me empurrar, eu não queria mãe, por que eles fizeram isso comigo?

Franzi o cenho, eu estava tão confusa quanto ele, mas tinha uma vaga idéia de garotos briguentos assim ainda existiam por ai...

- Foi só isso, Antony? – Perguntei.

- Não...  0 Seus bracinhos passaram por meu pescoço o apertando forte. – Eles me trancaram na casinha de jogos, e por isso eu me atrasei. Eu não gosto deles mãe, eles ficam fazendo essas coisas comigo, ninguém nessa escola gosta de mim...

Balancei a cabeça negativamente, eu já me apegara tanto a aquele menino que não suportava vê-lo sofrer daquele jeito, eu já nutri um sentimento materno por ele e pensar que ele era maltratado assim na escola, um lugar onde ele deveria fazer amigos e se divertir. Apesar do pouco tempo em que o conhecia já me considerava mãe dele, ele era frágil, muito mais do que os outros poderiam imaginar.

 - Tudo bem, meu amor. Nós vamos resolver isso, tudo bem? – Ele balançou a cabeça.

- A quanto tempo esse meninos fazem isso com você? – Perguntei.

- Desde o meu primeiro dia aqui. – Ele falou baixo, como se estivesse envergonhado.

- Antony, meu bem... Por que não contou antes? Por que não disse ao seu pai?  - Antony sofria bullying calado, e Edward talvez nem imaginasse isso.

- Eu contei... Mas ele disse que eu estava levando a serio demais, e que certamente esses garotos estavam apenas brincando com você. Você concordou naquele dia, mãe. Então do que adiantaria eu falar quando aconteceu de novo?

Suspirei. Sentindo uma ponta de raiva por Edward ter agido dessa maneira. Anabella eu já esperava eu não se importava com nenhum deles, mas Edward era o pai dele, deveria acreditar na palavra do filho e não lhe virar as costas.

Puxei carinhosamente o rosto de Antony para que ele olha se em meus olhos. Seus lindos olhos verdes continuavam perdidos em meio as lagrimas.

- Isso não vai mais acontecer, viu? Você nunca mais vai passar por isso de novo, eu vou estar aqui para proteger você. – Disse convicta, mas sabia que não poderia cumprir minha promessa por muito tempo. Logo ela chegaria e eu me afastaria daquela família, só esperava que eles soubessem se defender dela quando eu fosse embora, era este pensamento que me dava forças.

- Mas como vai fazer eles pararem, mamãe... – Ele me disse não acreditando em minhas palavras.

Sorri, lhe passando confiança.

- Primeiro, você não fica mas nenhum segundo nesta escola. Na segunda de manhã, vamos procurar uma nova escola para você.  – Ele sorriu, parecendo não acreditar.

- Serio, mamãe? – Perguntou com os olhos brilhantes.

 - Serio, meu príncipe. – Falei limpando as ultimas lagrimas que ainda caíram de seus olhos. – vamos agora mesmo pedir o cancelamento de sua vaga aqui, e a diretora dessa escola ainda vai poucas e boas de mim. Ninguém maltrata o meu filho!

  Ele riu, parecendo explodir de felicidade.

 -Ebaaaaaaaaa! – Levantou os braços comemorando. O que me fez rir.
- Segundo, você vai me prometer que vai me contar se essa situação voltar a acontecer, certo?

- Sim. Mas o papai... Ele...

 - Deixe seu pai, depois eu vou ter uma conversa seria com ele. – Antony assentiu.  – Agora pegue sua mochila que nós já vamos.

Ele obedeceu prontamente, mas quis ir em meu colo. O olhei de lado, ele viu que eu iria negar, mas fez um beicinho enorme, o que me amoleceu na hora.

- Só porque você é meu príncipe. Mas Não se acostume, você é pesado Antony, tenha pena de sua pobre mãe – Falei divertida.

- Ta bom, mãe. Prometo que não peço mais... Não hoje pelo menos.  – Ele riu, fazendo graça. O que me fez rir também, pegando no colo, peguei sua mochila levando-a em meu outro ombro.

- Meu lindo, eu te amo, sabia? – Falei sorridente, mas não esperei a reação dele. Ele me encarou espantado. – O que foi?

- É que você nunca tinha dito isso antes... E eu... Estou feliz em ouvir isso... – Ele disse com um sorriso confuso.

- Ah... – Sorri – De amo de um montão assim! –

- Eu também, mamãe, muito muito muito. – Meu coração se aqueceu com as palavras dele.

- Olha só meu amor, vou falar coma diretora, me espere aqui, esta bem? – O sentei em um banco em frente a sala da diretora. Ele assentiu.

Falei com a secretaria e ela me deixou entrar prontamente. Parecia que era só dizer a palavra mágica: Cullen. Que as postas se abriam automaticamente.

A diretora que parecia não ter mais de quarenta anos me recebeu com um sorriso falso. O que não demorou para sair de seu rosto, eu fui para tirar a estória a limpo, e foi o que fiz. Ela me disse que não sabia que isso se passava pela sua escola, que os outros meninos gostavam de fazer esse tipo de brincadeira mas não era nada demais e blábláblá...

Esperei que ela acabasse.

 - Minha senhora, eu não quero saber de nada disso. Enquanto o meu filho estiver nas dependências desta escola ele estava sobre sua responsabilidade. E no entanto a senhora nem sabia o que se passava, imagine se esses garotos tivessem feito algo mais grave a ele?!

- Senhora Cullen, tenho certeza que podemos achar uma maneira de resolver isso sem mais delongas. – Era palpável a falsidade em sua voz esganiçada. Rolei meus olhos, já começando a ficar estressada. – O senhor Cullen é um pai ocupado, e não deveria se incomodar com tais atitudes de crianças inocentes...

- E quem aqui falou em senhor Cullen?! – Levantei um pouco o tom de voz, tive a mera impressão que ela sabia que isso estava acontecendo a algum tempo, mas não comunicou a ninguém, e isso só me Fez ficar com mais raiva – Eu estou falando do meu filho! Isso se trata de um caso de bullying, a senhora sabia?

- Bullying? Não vamos usar uma palavra tão forte, senhora Cullen...

- Forte?  - A encarei, não acreditando no que ouvia – Olha minha senhora, estou vendo que estou perdendo meu tempo aqui.

Ela sorriu, pensando que tinha se livrado fácil de mim.

- Bom, então acho que outro dia.. .Talvez...

- Não, eu não piso aqui nunca mais me minha vida. E Antony também não! Pode prepara o cancelamento da matricula dele. Meu filho não vai ficar uma escola onde sofre esse tipo de violência.

Seus olhos se arregalaram diante do medo.

- Mas senhora...

- Não adianta argumentar... – A cortei. – Ele é meu filho, e ninguém o tratará desta maneira enquanto eu estiver aqui!

Peguei minha bolsa. E levantei já indo em direção a saída.

- Ah, e fique sabendo que só não movo um processo contra esta instituição, por que estou lhe dando esta segunda chance. Mas espero que nenhum dos outros alunos sofra o que meu filho sofreu aqui! E passar bem!

Sai batendo a porta. Eu não costumava falar assim com ninguém. Mas sentia a raiva só em imaginar o rostinho de Antony banhado em lagrimas enquanto estas pessoas fingiam que nada acontecia. Eu me sentia uma leoa, pronta a atacar caso u predador chegasse perto demais de um dos meus filhotes.

Só esperava que Edward não ficasse contra minha decisão, pois não tinha a mínima condição de eu voltar atrás...

Mas isso eu saberia quando chegasse em casa. Mas eu nem imaginava que mais problemas me esperavam por la...


Continua...

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