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A Usurpadora - Cap 04 - Descobertas

Cap 04 - Descobertas

 Isabella PDV

Joguei minha bolsa em cima do sofá, corri pelas escadas que levavam ao segundo andar de casa. Empurrei a porta do quarto de Brian sem hesitações. Dolores estava sentada a cama, segurando a mão de meu irmão, um pano molhado repousava em sua testa, mesmo de longe, pude perceber seu rosto suado.


-O que aconteceu, Dolores? – Corri para perto de Brian. Sentado ao seu lado, colocando a mão em seu rosto para verificar, estava ardendo em febre.
- Foi de repente, Bella – Levantou-se, pegando sua bolsa. – Ele chegou da escola, almoçou junto comigo. Mas ainda a pouco, reclamou que estava com falta de ar, e a febre aumentou. –Olhei para Dolores, pedindo ajuda. Essa já era a terceira vez que isso acontecia no mês.
Eu não sabia o que fazer. levá-lo para o hospital publico daqui não serviria de nada, lá nunca havia médicos e muito menos medicamentos.
- Bella, acho melhor você ligar para o doutor Jacob, ele gosta de vocês, acho que não ira cobrar nada. – Dolores estendeu-me o seu celular, olhei mais uma vez para Brian, tadinho, deveria estar sofrendo muito.
- Dolores, eu não tenho dinheiro para nada. O que eu vou fazer? – Levantei-me da cama, começando a nadar de um lado para o outro.
- Bella, não temos outra saída, a febre dele esta aumentando, temos que ligar rapidamente para o doutor, ele é um dos maiores médicos da cidade, e também gosta muito de você, é a nossa única alternativa agora.
Jacob? Ele era realmente uma ótima pessoa, nos ajudou em outras vezes, talvez fosse melhor mesmo ligar para ele o quanto antes.
- Bella... – Brian sussurrou. Voltei para o seu lado, pedindo para que Dolores ligasse para Jacob.

- Estou aqui, Brian. Já vai passar, ok? – Passei a mão pelo seu rosto, estava cada vez mais quente. Ele abriu os olhos vagarosamente, encarando-me arfante.

 - Bella, esta doendo aqui Ó – Brian colocou a mão no peito. A angustia só crescia dentro de mim. A mesma dor no peito... Olhei para os lados, Dolores não estava mais no quarto, ouvi ao longe alguém bater na porta. Respirei fundo, tentando controlar-me. Brian só ficaria pior se percebesse como eu estava de verdade.

- Tudo bem, maninho. Agüenta firme, esta bem? O médico já esta chegando. – Ele assentiu, segurando forte em minha mão, com a outra, pousei em seu peito, massageando de leve.  - Respira, Ok? Não vai demorar a passar.

Não sei se estava tentando acalmá-lo ou convencer a mim mesma de que tudo iria ficar bem.

- Bella, o doutor Jacob esta aqui. – Dolores abriu a porta, dando espaço para que Jacob passasse. Ele segurava uma maleta, veio rapidamente para o meu lado, colocando a mão no rosto de Brian.

- O que houve, Bella? – Perguntou,  seus olhos negros encarando-me preocupados.

- O mesmo da ultima vez, Jacob. – Passei as mãos pelo rosto, por favor, meu Deus.  - O que ele tem, Jacob? Não agüento mais vê-lo assim!

 - Calma, Bella. – Retirou um pequeno instrumento de sua maleta e começou - ao que supus -  a ouvir o coração de Brian. Esperei impaciente, meu irmão ainda gemia e contou a Jacob que tinha dores no peito e falta de ar.

Jacob suspirou, pegou um minúsculo frasco da maleta, estendendo um comprimido para que Brian tomasse, deu o copo de água, e levantou-se. Eu o olhava, atenta. Esperando que me dissesse o que havia de errado com meu irmão.

- Você vai ficar bem, garotão. – Fez um cafuné em Brian. Veio em minha direção.  - Podemos conversar lá fora, Bella?

 - Claro. – Dei uma ultima olhada em Brian e fui com Jacob, descemos as escadas, e nos reunimos na sala. Jacob sentou-se ao meu lado, Dolores logo a nossa frente. O encarei, os cantos de sua boca estavam retorcidos em um sorriso triste, a vermelhidão de suas bochechas morenas mais eminentes do que nunca. Jacob sempre foi um homem lindo, tanto por dentro como por fora, e estar ajudando -me mais uma vez só aumentava minha gratidão por ele.  

Virou-se para mim, segurando minhas mãos com firmeza. – Bella, peço desculpas por minha ousadia, mas fiquei preocupado desde á ultima vez que seu irmão ficou assim, por isso tomei a liberdade de fazer alguns exames na época, e por coincidência, hoje os resultados ficaram prontos.– Assenti preocupada.

- E o que ele tem, Jacob?

- Bem, Brian tem um tipo de arritmia cardíaca, Bella. – Olhei para Dolores aflita. – A arritmia pode ser congênita, ou seja, de nascimento, ou conseqüência de outras enfermidades do coração. Você sabe se seu pai ou sua mãe tinham algum problema cardíaco?

Arritmia cardíaca? Parecia tão grave, senti meu coração apertando-se, tudo estava desmoronando, por que agora meu Deus? Por que com o Brian? Ele nunca fez nada a ninguém, era tão jovem, ainda tinha tanto pela frente...

 - Não sei Jacob, meus pais morreram a muito tempo atrás, em um acidente de carro.

 - Entendo. A arritmia também pode aparecer sem motivos aparentes, Bella. – O olhei desesperada.

 - O que é isso, Jacob? – Levantei-me. – Meu irmão vai morrer?

 - Não, Bella – Aproximou-se, tocando meu ombro delicadamente. – Acalme-se. Seu irmão não irá morrer, mas vai ter que fazer urgentemente um tratamento adequado.

 - Tratamento? Como assim, Jacob? – Minhas sobrancelhas juntaram-se diante de minha confusão.

- Tudo bem, vou te explicar. – Passou seus dedos por meu rosto, colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.  – Olha só, as arritmias cardíacas são alterações no ritmo na freqüência dos batimentos cardíacos, quando a freqüência ultrapassa 60 bpm. Esse é o caso de seu irmão, o coração dele bate a uma freqüência acima do normal.

- E o que eu devo fazer? – Perguntei, olhando fundo em seus olhos, pedindo para que me desse uma solução.

- Olha, eu acabei de dar uma dose do remédio que ele precisará usar  daqui pra frente, o problema Bella, é que aquela era ultima dose que eu possuía, e na crise que o Brian esta agora, vai precisar de mais, e não se pode demorar muito...

- E esses remédios são muitos caros, doutor? – Dolores perguntou com os olhos marejados.

- São, dona Dolores.

Meu senhor. O que eu farei agora? Não tenho nada, como vou compara os remédios?

- Ele precisa do remédio. Esta começando a ter palpitações, falta de ar, e agora dor no peito.  – Pegou sua maleta, puxando um bloco e anotando alguma coisa, rasgou a folha e a estendeu para mim.  – São esses os remédios, Bella. Por favor, compre-o o mais depressa possível.

Assenti. Talvez eu conseguisse que Jack me desse um adiantamento ou mesmo me emprestasse esse dinheiro.

- Heee.... Bella. Além dos remédios, o Brian vai precisar do tratamento, para reverter a arritmia. Eu sei que vocês não tem condições, eu gostaria muito de ajudar vocês, mas tampouco tenho condições de ajudar financeiramente... - Jacob estava envergonhado.

- Que isso, Jacob. Você já esta fazendo muito vindo ate aqui, eu agradeço sinceramente. Muito obrigado. Vou dar um jeito de arranjar o dinheiro...

Ele concordou. Deu-me um abraço confortador e foi embora. Voltei para o quarto de Brian, que parecia bem melhor, a febre havia abaixado, e ele já dormia tranquilamente.

Na hora, a única coisa que pude fazer foi ajoelhar-me ao lado de sua cama, rezando. Rezando para que Deus não permitisse que meu irmão sofresse, que se fosse necessário, que passasse a doença dele para mim, eu agüentaria...

~~~~~~~~ *~~~~~~~~~


Fechei a porta do escritório de Jack, as lagrimas dolorosas rolavam sem piedade por meu rosto. Passei as mãos tentando pagar os rastros delas.

Jack havia negado o meu pedido de adiantamento, disse que um empréstimo estava fora de questão, o restaurante só estava começando e não tinha suporte para um empréstimo daquela quantia. Eu não tinha mais a quem recorrer, não conhecia ninguém  que tivesse condições de emprestar-me o dinheiro.

Meus tênis batiam no asfalto molhado, um chuvisco fraco de fim de tarde caia sobre mim. Eu tinha que pensar, concentrar-me, mas não conseguia enxergar uma solução.

O sorriso largo e o brilho no olhar de Brian, eram as únicas coisas que me vinha em mente.

Parei abruptamente, já a alguns metros de casa. Senti o eminente peso de um pequeno pedaço de papel em meu bolso. O cartão dela. Anabella Cullen, seu nome havia ficado gravado em minha cabeça. Tentei não pensar muito, só corri em direção ao primeiro telefônico publico que vi, retirando o cartão e discando o número da mulher que poderia ser a minha única solução.


Anabella PDV

 - Renesmee, desça daí agora mesmo! – Gritei estressada.

Aonde esta a Ângela?! Essa garota tem que ficar aqui para cuidar dessa pirralha! Para que vale o salário altíssimo que pagamos, se ela nem ao menos toma conta dessa garota direito?!

Peguei-a bruscamente de cima da cadeira, colocando-a deitada no berço e saindo do quarto. Ângela que se virasse, é paga para isso mesmo...

Desci as escadas, indo ate a sala principal, pretendia tomar um drink antes do jantar, um uísque na verdade. Abri as enormes postar de madeira maciça, e não fui surpreendida ao ver Edward servindo-se da bebida.

E em como na maioria das vezes, Tânia estava pendurada nele. Tentando seduzi-lo como sempre.

- Olá, meu amor... – Aproximei-me, dando um beijo estalado em sua bochecha, Edward sorriu contente. Na maioria, eu o tachava de patético, por ficar tão feliz com um gesto tão pequeno. Olhei para Tânia, que encarava-me chateada.  Parece que eu havia estragado seus planos.

Edward sempre fora um homem fora do normal, alto, seus braços largos na medida certa. Seu rosto era digno de um deus, maxilar forte, masculino. Olhos verdes que derretiam qualquer mulher, além de seus lindos cabelos acobreados.

Era por isso que nunca importei-me com o interesse de Tânia para com ele. Ela era prima dele, e também não era qualquer mulher, mas eu realmente não me sentia ameaçada por ela. Se quisesse mesmo tirar uma casquinha de Edward, eu não me importaria.

- Tânia, tudo bem querida? –Perguntei sentando-me no sofá de linho branco, ela repetiu o meu gesto, sentando a minha frente.

- Ótima, Anabella.  – Sorriu debochada.

- Como vai, meu amor? – Edward perguntou, encarando-me como seu eu fosse a única ali.  – Quer uma bebida?

- Humm, Claro.  – Tânia jogou seus reluzentes cabelos loiros para trás. Ela sabia sobre os meus outros casos, e isso nos fazia manter uma relação respeitosa, ela não contaria a ninguém, as vezes ela mesma apresentava amigos a mim. E eu em troca não interferiria em seu objetivo, que era conquistar o meu Edward. Ate porque eu o tomei dela sem breve aviso, antes de eu parecer ela estava praticamente casada com ele.

 - Senhora Cullen, telefone para a senhora. – Ângela finalmente apareceu, estendeu o telefone para mim.

- Quem é Ângela? – Peguei-o. Poderia ser um de meus “amigos” secretos. Olhei divertida para Tânia.

- Uma moça...  Acho que o nome é Isabella, senhora.

Humm... Isabella? Sorri triunfante. Foi bem mais rápido do que imaginei...


Continua...

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